Abertura
                                Rafael Steinhouser, Qualcomm
                                Thomas Trebat, Universidade Columbia
                                
                                
                                
                                Keynote
                                Elena Arias Ortiz, Banco Interamericano de Desenvolvimento
                                Apresentação
                                
                                
                                
                                Painel 1 - Casos de sucesso em aprendizagem móvel
                                
                                Moderador
                                Thiago Rached
                                
                                Fernando Salvatierra, UNESCO - Buenos Aires
                                Apresentação
                                
                                Fiorella Haim, Plan Ceibal - Uruguai
                                Apresentação
                                
                                Jim Kein, Saugus District - Califórnia
                                Apresentação
                                
                                
                                
                                Keynote
                                
                                Barbara Bruns, World Bank
                                Apresentação
                                
                                
                                
                                Painel 2 - Apresentação da Pesquisa da Universidade Columbia
                                
                                Fernanda Rosa, Universidade Columbia
                                Apresentação
                                
                                
                                
                                Comentador
                                
                                Alexandre Barbosa, CETIC.br
                                
                                
                                
                                Keynote
                                
                                Cristovam Buarque, Senado
                                
                                Ricardo Magalhães, Ministério da Educação
                                
                                
                                
                                Maximiliano Martinhão, Ministério das Comunicações
                                Apresentação
                                
                                
                                
                                Painel 3 - Diferentes modelos de conectividade
                                
                                Moderador
                                
                                Gustavo Azenha, Universidade Columbia
                                
                                Rossieli da Silva, Secretaria de Estado da Educação do Amazonas
                                Apresentação
                                
                                Eliezer da Silva, Secretaria de Estado da Educação da Bahia
                                Apresentação
                                
                                Renê de Lima Barbosa, FNDE
                                Apresentação
                                
                                Orlando Saboya, Secretaria de Estado da Educação do Rio de Janeiro
                                Apresentação
                                
                                
                                
                                Painel 4 - Parcerias Multi-setoriais e Tendências em Conectividade
                                
                                Moderador
                                
                                Thomas Trebat, Universidade Columbia
                                
                                Oren Pinsky, Qualcomm
                                Apresentação
                                
                                Mila Gonçalves, Fundação Telefônica
                                Apresentação
                                
                                
                                
                                Painel 5 - Boas práticas em produção de conteúdo digital
                                
                                Moderadora
                                
                                Fernanda Rosa, Universidade Columbia
                                
                                Eziquiel Menta, Secretaria de Estado da Educação do Paraná
                                Apresentação
                                
                                Helena Bomeny, Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro
                                Apresentação
                                
                                Felipe Rezende, EvoBooks
                                Apresentação
                                
                                Leandro Holanda, Fundação Lemann
                                Apresentação
                                
                                
                                
                                Painel 6 - Boas práticas em treinamento de professores
                                
                                Moderadora
                                
                                Priscila Cruz, Todos pela Educação
                                
                                Roberlayne Roballo, Secretaria Municipal de Educação de Curitiba
                                Apresentação
                                
                                Laura Rossi, MEC
                                Apresentação
                                
                                Ana Paula Bessa, Secretaria de Estado da Educação do Rio de Janeiro
                                Apresentação
                                
                                Adriana Martinelli, Singularidades
                                Apresentação
                                
                                
                                
                                Keynote
                                
                                Gabriela Mora, UNICEF
                                Apresentação
                                
                                
                                
                                Encerramento
                                
                                Gustavo Azenha, Universidade Columbia
                                
                                
                                
         
                                 
                                
							
							
                            
                            
                            
                            
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                            Uso de aplicativos para celular ganha força na escola
                            24/08/2015
                            
                            Conteúdo para smartphone já é elemento importante de apoio; alunos e professores exploram tecnologia na aprendizagem; Especialistas cobram que recursos pagos pelo governo sejam abertos
                            
	Paulo Saldaña I O Estado de S. Paulo
	
	Tecnologia e educação sempre tiveram uma relação difícil, sobretudo dentro da sala de aula. Embora o modelo de escola tenha pouco se alterado com o passar dos anos, a cultura digital é uma realidade entre alunos e professores – o que tem desafiado a tradição. Com a disseminação dos smartphones, escolas, governos e demais instituições se voltam para potencializar essa tecnologia na melhoria do ensino e da aprendizagem.
	A Fundação Lemann, por exemplo, vai iniciar uma nova linha de atuação voltada para aplicativos móveis de educação gratuitos. “A sociedade como um todo já viveu essa revolução tecnológica e, infelizmente, nesse contexto, a escola ficou para trás”, explica o diretor da fundação, Denis Mizne. “O caminho agora é proporcionar para alunos, professores e gestores escolares o que já é uma realidade fora da escola”.
	A mais recente pesquisa TIC Kids Online, realizada pelo Comitê Gestor da Internet, mostrou que, pela primeira vez, em 2014, o acesso à internet por celular no Brasil foi maior do que por computadores: 82% acessam pelo celular, enquanto 56% usam o desktop.
	
	Os resultados se referem a jovens de 9 a 17 anos de idade. As redes sociais são o maior atrativo, mas 68% dos jovens usam a web para trabalhos escolares.
	Isabela dos Santos, de 12 anos, estuda Inglês pelo celular, com o aplicativo gratuito Duolingo, e Biologia pelo YouTube. “Eu nem sempre estou com livros, mas meu celular sempre está comigo”, diz a aluna do Colégio Dom Bosco, na zona norte de São Paulo.
	A escola de Isabela vai passar a explorar um novo aplicativo focado no celular. “Funciona bem quando usado como mecanismo de interação em momentos específicos da aula”, diz Andrey Lima, diretor executivo do sistema Ari de Sá, adotado pelo Dom Bosco.
	A empresa Ari de Sá mantém uma parte de conteúdos, ainda pequena, aberta para o público. “Não temos uma decisão de não abrir os conteúdos, mas ainda não foi definido”, diz Lima.
	Já a professora de Música Gina Falcão, da Nova Escola, na Vila Mascote, zona sul, toca um projeto com alunos do ensino médio de produção de videoclipes em que o celular é a ferramenta principal. “Eles têm muita facilidade para trabalhar com isso, estamos pedagogicamente no universo deles”, diz.
	Gratuidade. Mesmo fora dos sistemas de ensino, os aplicativos educacionais pagos ou com direitos autorais fechados são maioria. Na semana passada, a Câmara dos Deputados promoveu um debate sobre Recursos Educacionais Abertos (REA). Há a cobrança para que todos os materiais digitais adquiridos pelo governo sejam livres - um projeto de lei com esse intuito tramita na Câmara. Em 2014, o Ministério da Educação gastou R$ 67 milhões na aquisição de bens digitais didáticos, cifra incluída no R$ 1,1 bilhão investido no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
	Priscila Gonsales, do Instituto Educadigital, afirma que o investimento público em material didático deve ser em plataformas abertas. A reivindicação de licenças passa tanto pelo potencial de acesso quanto pelas possibilidades de remixagem dos materiais. “Qualquer lugar é lugar para aprender, o que a cultura digital vem evidenciar. Acaba a ideia de que somos consumidores de educação. A gente pode produzir, um ajuda o outro, é a cultura de compartilhar.”
	Criada em 2013 com apoio de várias organizações não governamentais, a plataforma escoladigital.org.br reúne 4 mil recursos digitais. Muitos ali são pagos e a maioria tem direitos fechados, mas há uma seção com dezenas de opções para professores criarem seus aplicativos.
	Segundo Mizne, da Lemann, a ideia com a iniciativa de sua fundação é criar “um ambiente saudável” que estimule investimentos em novos recursos inovadores. Responsável pela tradução da Khan Academy, portal focado no ensino de Matemática criado pelo educador americano Salman Khan, a fundação não fala em valores envolvidos.
	Formação 
	Apesar de não ter uma política de compras de materiais didáticos digitais abertos, o Ministério da Educação (MEC) pretende realizar as formações continuadas de professores em plataformas com conteúdo e soluções com esse formato. Essas formações não-presenciais, voltada para o uso didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), estão no âmbito do ProInfo Integrado do MEC.
	O MEC estuda desde 2013 criar uma plataforma que reunisse todos os materiais já hoje disponíveis, mas até agora isso não saiu do papel. “A intenção é criar uma plataforma única, por meio da qual se teria acesso a todos os portais e conteúdos digitais”, informou a pasta em nota, ressaltando que já há iniciativas parecidas, como o Portal do Professor, o Banco Internacional de Objetos Educacionais e o Portal Domínio Público.
	A parte de formação de professores é a mais desafiadora hoje no País, explica a pesquisadora Fernanda Rosa, do Centro de Estudos Brasileiros e Instituto de Estudos Latino Americanos da Universidade de Columbia (EUA). “A abordagem ainda é tradicional e não responde à demanda, que é transformar a atividade dos professores em prol da melhoria de aprendizado. O foco ainda é no uso da ferramenta”.
	Fernanda participou de estudo, divulgado no último dia 12, que mostra que a aprendizagem móvel ainda é incipiente no Brasil. Além da questão de conteúdo e formação, outro desafio é a infraestrutura: ter escolas com bom acesso à internet disponível aos alunos. “A infraestrutura é um grande desafio porque a governabilidade não está só na secretaria de Educação, depende de outras áreas.”
	Os números apurados pelo censo escolar de 2014 mostram que, do total de 188.673 escolas de educação básica, 115.445 (61%) possuem acesso à Internet e 95.454 (51%) possuem banda larga. Apesar disso, o estudo do grupo de Columbia revelou que apenas 7% dos alunos e 9% dos professores disseram usar a rede nas unidades de ensino.
	Segundo o MEC, 53 mil escolas urbanas e 17 mil escolas rurais estão preparadas para utilizar internet sem fio. “Cabe aos gestores escolares direcionar o uso deste recurso”, informou a pasta.